O Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Buritama (SAAEMB) recebeu nesta quarta-feira (26), estudantes do 8º e 9º ano da escola estadual Prof. Oswaldo Januzzi, para visita a Estação de Tratamento de Água (ETA) e Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Como parte do conteúdo da disciplina eletiva que nesse semestre debate os ciclos do tratamento de água e esgoto. A lagoa de tratamento fica na estrada vicinal Antônio Alves Teixeira – km 2, e o município conta com 100% de esgoto tratado.
Durante a atividade foram explicados os processos de tratamento de água e esgoto, o uso consciente da água e a preservação do meio ambiente. A atividade contou com a participação de 40 alunos, mais as professoras Daiane dos Santos Martins (Matemática e Prática Experimentais) e Franciele Oliveira (Ciências), responsáveis pelo projeto.
Com o início do Programa de Ensino Integral (PEI), os alunos puderam escolher a disciplina com base em seu projeto de vida. “O motivo da visita é que dentro da disciplina eletiva trabalhamos com experimento em ação. Trabalhamos com metodologia científica. A maior parte das aulas são práticas e voltadas para o ensino de ciências e nesse semestre buscamos mostrar como funciona o tratamento de água e esgoto para os alunos”, enfatizou a professora Daiane.
Segundo ela, o projeto foi dividido em duas etapas: aulas teóricas e práticas. “Antes dos alunos saírem para a visita, estarei explicando sobre o tratamento e como funciona. Depois eles vão fazer a visita e temos essa culminância dessas eletivas no final do ano. Faremos uma apresentação para a escola sobre o trabalho e o que foi desenvolvido durante o semestre”, salientou.
SANEAMENTO
A falta de saneamento básico pode ocasionar problemas de saúde para a população. Segundo a Química do SAAEMB, Letícia Souza Possani, cerca de 50 tipos de infecções podem ser transmitidos por causa de água contaminada, alimento e solo, entre elas, disenteria, meningite, amebíase e Hepatite A e B. A população de Buritama é abastecida 100% por poços artesianos que recebem fluoretação e desinfecção antes de ser distribuída.
Já o esgoto é tratado de forma natural com a decomposição das matérias orgânicas. Conforme Letícia, o tratamento biológico é a forma mais eficiente de remoção da matéria orgânica dos esgotos e apresenta baixo custo. “As substâncias presentes no esgoto diminuem a concentração de oxigênio dissolvido na água, causando a morte de peixes e outros organismos aquáticos, além do escurecimento e do mau cheiro”, afirma.
Letícia disse que a autarquia coleta e trata todo o esgoto gerado pelo município. A autarquia monitora e controla o lançamento do esgoto que é feito no córrego Palmeiras. Ela comentou ainda que é feito análise para atender os padrões estabelecidos pela legislação. “O compromisso é não alterar a classe ou a natureza do rio receptor”, elenca.
De acordo com o diretor da autarquia, José Eduardo Marins, o tratamento do esgoto doméstico é de suma importância para a preservação do meio ambiente. O esgoto contamina rios, lagos, represas e mares porque possuem excesso de sedimentos e micro-organismos que podem causar doenças, como a esquistossomose, leptospirose, cólera e piodermites. “É também um dos requisitos para manter o selo Município VerdeAzul destinado às cidades que atendem às exigências do programa. É sempre importante poder receber estudantes e educadores que visitam a unidade”, finalizou.
Publicado: 26/10/2022 – às 14h22